19 de agosto de 2009

[Saravá_Umbanda] PEDAGOGIA DO AMOR

PEDAGOGIA DO AMOR


Nós estamos preparados para dizer que amamos?

Será isso que sentimos, um exemplo criterioso,

definido, de amor? Não estaremos, em nossas

atitudes, falas, ações, gestos, projetos, aplicando

o nosso preconceito, separando as pessoas de

acordo com nossas preferências? Perguntei ao

cristão se ele amava ao Buda. Ele me respondeu

que não era budista. Perguntei ao budista a mesma

coisa e ele me respondeu que não era cristão.

Perguntei ao muçulmano se ele amava a Krisnha.

Ele me respondeu que não era Devoto de Krisnha.

Fiz a mesma pergunta ao Devoto de Krisnha que '

me respondeu não ser muçulmano. Quando'

elegemos algo ou alguém para amar não estamos

sendo preconceituosos com as outras coisas ou

pessoas? Existem milhares de religiões

espalhadas pelo mundo, penso que, se eu

continuasse nessa minha pesquisa, as respostas

seriam sempre as mesmas. O amor verdadeiro não

cuida apenas do que nos interessa. Ele se abre,

como a flor no jardim, para todos os olhares e

gostos. E cabe aos cristãos, muçulmanos,

devotos de Krisnha, budistas, xintoístas, ateus e

outros milhares de buscadores, amar

incondicionalmente a tudo e a todos. Se o cristão

perguntasse a Jesus se ele amaria ao Buda qual

seria a resposta? Da mesma forma, se

perguntassem ao Buda se ele amaria Jesus, qual

seria a resposta? Não cabe ao discípulo superar

ao Mestre. Se ele tenta fazer dessa forma, ele não

estará praticando a humildade. O conhecimento

não- confere a ninguém o direito de se colocar

acima do bem e do mal. Os mestres foram e sempre

serão homens iguais a todos nós. São pessoas

que se preocuparam ou se preocupam em ensinar,

não para separar a raça humana em castas, mas

para ajuntá-Ias no amor. Quem não entendeu isso,

não poderá chamá-Ios de Mestres, ainda que eles

não se importem com esse tratamento. Quem

tomar para si, seus ensinamentos, não estará

separando-se em grupos, onde reina o

preconceito e a discriminação, são discípulos da

escuridão e não da luz. O maior de todos os

ensinamentos foi, é e sempre será o amor. E o

amor não afasta as, pessoas. Aproxima-as. Não

levanta bandeiras, não cava trincheiras e nem

produz dor. Se todos entenderem essas palavras,

haverá um só povo a marchar de mãos dadas,

ainda que isso possa parecer só um sonho de

alguém que acredita no amor. "Sonho que se sonha

só, é só um sonho que se sonha só, Sonho que se

sonha junto é realidade."


CARLOS ROBERTO VENTURA-

"A Umbanda liberta e amplia os horizontes"


Núcleo Mata Verde

 

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