19 de abril de 2012

Fórum Social conclui com amplo apoio a Cuba e Argentina

Prensa Latina

Imagen activaCartagena de Índias, Colômbia, 14 abr (Prensa Latina) O Fórum Social prévio à VI Cúpula das Américas concluiu hoje aqui com um amplo apoio a favor de Cuba e o direito da Argentina a sua soberania sobre as Ilhas Malvinas.

  Apesar de durante o transcurso dos debates e das discussões que agruparam jovens, mulheres, trabalhadores e indígenas muitas temáticas que preocupam a região fossem tratadas, Cuba e Argentina ganharam consenso entre os participantes.

Assim ficou marcado no encerramento do evento, sob o cargo do presidente da Bolívia, Evo Morales, que diante de um auditório tomado pediu aos Estados Unidos que se somem ao clamor dos povos da região em torno da inclusão de Cuba e a soberania da Argentina sobre as Malvinas.

Morales dirigiu-se diretamente à secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, e retomou as palavras que a chefa da diplomacia estadunidense pronunciou previamente no mesmo recinto.

É importante recolher as palavras de Clinton quando diz que se deve acabar com a exclusão e discriminação; com todo respeito, apelo a uma mulher dos Estados Unidos para que se some aos países da América a convocar a Cuba a esta Cúpula, destacou.

O presidente boliviano também convocou Washington para que se some ao pedido de reafirmar que as Malvinas são da Argentina e da América.

Os Estados Unidos e Canadá são os únicos países do continente que se opõem à participação de Cuba às Cúpulas das Américas e a apoiar a Argentina em seu reclamo de soberania sobre as Ilhas Malvinas.

Antes das palavras do presidente boliviano, o chanceler argentino, Héctor Timerman, chamou à sociedade civil a pedir aos seus governos que apoiem uma resolução sobre o reclamo de seu país em torno de sua soberania sobre as Ilhas Malvinas.

A agressão colonial contra um país é uma agressão colonial contra todos, disse Timerman, e recordou que uma parte do território argentino está sob o domínio colonial do Reino Unido desde 1982.

Por outra parte, o chanceler do Peru, Rafael Roncagliolo, disse que não se pode entender que algum Estado se oponha à descolonização de um território, como no caso das Malvinas, que é um resíduo colonial.

Ambos os titulares igualmente recusaram a exclusão de Cuba a este Fórum hemisférico e exigiram sua imediata inclusão neste tipo de eventos.

Na sua vez, o ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Héctor Lacognata, expressou-se em termos similares e chamou a unir forças para mudar o modelo econômico e social imperante, ao mesmo tempo em que condenou o isolamento injustificado de Cuba.

Entretanto, a secretária de estado Hilary Clinton ao intervir no Fórum referiu-se à integração continental, ainda quando seu governo insiste em afastar Cuba da região e em desconhecer o direito da Argentina sobre as Malvinas.

Desejamos que o hemisfério se integre para melhorar a segurança cidadã, os direitos humanos e as oportunidades econômicas, disse a chefa da diplomacia estadunidense, mas sem fazer menção aos dois temas que têm centrado os debates aqui.

O governo dos Estados Unidos, pese à rejeição e condenação da comunidade internacional, mantém há mais de cinco décadas um férreo bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba.

Ao mesmo tempo Washington mantém no território cubano de Guantánamo uma base naval militar, convertida em um centro de reclusão que viola todas as leis e normas do direito internacional e inclusive as da própria nação norte-americana.

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