BRASÍLIA (Agência Brasil) – "Tolerância e Respeito", esse é o lema do bloco afro Asé Dudu, que se apresentou dia 20 de fevereiro no centro de Taguatinga, cidade satélite a cerca de 15 quilômetros de Brasília. O bloco traz na batida, nos instrumentos, nas roupas e no ritual, a alma da cultura negra. Em ritmo de Ijexá e outros ritmos de terreiros, a banda do bloco tocou várias canções com referência nas religiões de matrizes africanas.
Mais tarde, como forma de afirmar a cultura negra como base do bloco, os integrantes decidiram levar a agremiação para Taguatinga, que acabou ficando vinculada ao Terreiro de Candomblé São Francisco de Assis. "A gente percebeu que a cultura negra que tanto queríamos afirmar estava preservada dentro dos terreiros. Se hoje se come acarajé, é porque seus segredos foram preservados pelas comunidades tradicionais dos terreiros. Se hoje se come abará, da mesma forma", disse o fundador do bloco.
Com a vinculação à comunidade, o bloco passou a desenvolver outros projetos que vão além do carnaval. Entre os projetos desenvolvidos, está o de atender pedidos de escolas por palestras do grupo sobre a questão racial e religiosa. "O carnaval virou um detalhe. Desenvolvemos o projeto Zumbi nas Escolas, muito solicitado tanto pela rede pública, quanto por escolas privadas. Com informação, a gente percebe que o preconceito vai morrendo", explicou a presidenta do bloco, Elizabete Cintra, que é maestrina da banda.
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