17 de janeiro de 2012

Município baiano quer obrigar as escolas a rezarem o Pai-Nosso


Blog do Hugo Minas

A Constituição brasileira diz que o Estado é laico, ou seja, que não prega nenhuma religião, sendo esta de livre escolha de seus cidadãos. Mas o Diário Oficial do Município de Ilhéus, no litoral sul da Bahia, publicou decreto da pre¬feitura que torna obrigatória em todas as escolas da cidade a ora¬ção do Pai-Nosso antes das aulas. As informações são do Jornal da Metrópole (radiometropole.com.br).
Nada contra a oração do Pai-Nosso, amo e faço-a todas as manhãs com meus agradecimentos. Quem reza essa maravilhosa oração ensinada por Jesus são os cristãos. Se o Estado é laico, sabemos que existem outras religiões, ateus, mas é preciso respeitar essas pessoas que não são cristãs.
Obrigar as escolas, com toda a diversidade religiosa e cultural, a rezar uma oração que é feita pelos cristãos, é um jeito negativo de atraí-lo. Quando uma pessoa faz por obrigação alguma coisa, ela faz mal feita, pois no fundo não queria. É preciso motivação para seguir uma religião (ou apenas façam o bem sem, necessariamente, seguir religião) por se sentirem bem rezando.  Já imaginou o professor ateu ou judeu, por obrigação, começar uma oração que não é do meio dele? Que exemplo o aluno estará recebendo? O exemplo vale mais que mil palavras, quando o assunto é educação.
Uma pesquisa realizada no exterior revelou que a maioria dos religiosos que são considerados caridosos são aqueles que ajudam as pessoas por que acham que Deus está vendo e serão punidas se não fizerem. Não ajudam por amor ao próximo. Jesus julga a intenção e não a ação, antes de pensarmos em fazer algo, Ele já sabe. Ele quer que amemos uns aos outros, e não, fingir amar por medo de futuras punições. Até porque ninguém julgará a gente, quem nos julgará será a nossa própria consciência.
Por tanto, que possamos respeitar a escolha das pessoas, pois elas são felizes assim. Diferenças não são defeitos. Os dogmas modificam as mensagens de Deus. Não importa que religião siga, ou que não siga nenhuma. Importa fazer aos outros o que queremos que façam conosco.

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