05 de setembro de 2010
Espiritualidade e Diversidade
A Espiritualidade e a Diversidade Religiosa foi um dos temas que começaram a ser abordados neste domingo, 5 de setembro, nas Rodas de Convivência programadas dentro do Encontro da Diversidade, que está acontecendo na Fundição Progresso, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. No total, oito temas serão discutidos até amanhã pelos 1.500 participantes do evento.
A Roda de Convivência sobre Espiritualidade e Diversidade Religiosa, que tem como objetivo estimular a aceitação da multiplicidade de crenças e práticas religiosas, foi aberta com músicas e danças de integrantes da comunidade de terreiros e teve, entre os depoentes, o representante dos índios da etnia guarani, Toninho Guarani, que veio do Espírito Santo. Segundo ele, “quando Deus criou o mundo, criou junto a diversidade das manifestações religiosas, e nós somos donos desses saberes da espiritualidade”. Toninho destacou que os rituais de cada povo é que revelam essas crenças.
Adelise Noal, médica psiquiátrica junguiana e também parteira, trouxe para o grupo sua experiência desenvolvida junto à ONG Amigas do Parto, que utiliza a religiosidade na busca do parto humanizado. A médica, adepta do Santo Daime e do budismo, usa, ainda, a religiosidade para ajudar os seus pacientes em sofrimento mental.
“Entrei para o Santo Daime para investigar o uso da Ayahuasca como remédio e descobri que a raiz é um catalisador para acessar os nossos conhecimentos espirituais”, contou. Para a médica, a religião e a cultura são alternativas mais saudáveis para a cura, principalmente daqueles que estão passando por um quadro de sofrimento psíquico.
A professora de dança Cintia Paula Lopes, outra depoente na Roda sobre Espiritualidade e Diversidade Religiosa, relatou o seu trabalho com os jovens da Associação Juventude Afonjá, fundada em Salvador, Bahia, em 1991. Ela dá aulas no Projeto Afonjá Aragbodô que tem como objetivo transmitir aos jovens a religiosidade das comunidades de terreiro e dos mestres populares da cultura do Ilê Axé Opó Afonjá.
(Heli Espíndola, Comunicação Social/MinC)
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