12 de julho de 2010

PORQUE FALAMOS EM CIDADES INOVADORAS?





Da segunda metade do século XX ao final da primeira década do século XXI, o planeta vem conhecendo várias revoluções, especialmente a da tecnologia digital. O planeta realmente é um
ponto azul.


Como espécie, não temos dúvidas de que somos capazes de desafiar e modificar a natureza. Não sabemos ainda, é se somos capazes de conviver com ela de forma pacífica.


Cientistas, empresários, gestores públicos, ambientalistas, espiritualistas, humanistas, artistas, educadores, entre tantos outros segmentos, estão cada vez mais dispostos a EXPOR práticas que
quebrem paradigmas que dificultam o florescimento de um padrão de
desenvolvimento capaz de estabelecer uma relação superior entre as pessoas e as
outras espécies que habitam o planeta terra. Sem fechar os olhos para mais de
um bilhão de pessoas que vivem sem água potável, e, com menos de dois dólares
por dia, na violência do crime organizado, da corrupção, do tráfico de armas e
drogas, do trabalho escravo, da prostituição infantil, do analfabetismo, de
milhares de jovens sem acesso à rede digital, da violência ambiental etc.


Por estarmos justamente atentos a essas e a outras formas injustas a que 2/3 da população planetária vive é que precisamos EXPOR-NOS, com idéias colaborativas, inovando nossas prioridades
para criarmos ambientes saudáveis nas cidades em que vivemos.


Parece óbvio dizer que precisamos religar os laços rompidos com os nossos vizinhos, com as praças, com o remédio caseiro, com a família e etc. Por esses laços rompidos é que perdemos muitos
jovens para as gangues, para o tráfico. É no ambiente da casa, da rua, da praça
que a rede social se estabelece em primeiro lugar. E quando ela se rompe, somos
obrigados a exigir do Estado a chamada rede de proteção social, que, na maioria
das vezes, não passa de uma célula estatal politizada e inoperante.


A cidade inovadora, ao contrário, rompe o silêncio e EXPÕE idéias e práticas colaborativas que emergem a partir do conhecimento que as redes distribuídas e colaborativas produzem e circulam
sem se preocupar com o sucesso. Ou seja, as redes inovam e praticam o futuro,
dizendo: Não queremos um terminal de ônibus na minha cidade para me levar ao
trabalho. Queremos desenvolver atividades econômicas e sociais de Estado que me
permitam trabalhar na cidade em que vivo.


A cidade inovadora acolhe, em primeiro lugar, as pessoas, prioriza as habilidades que toda pessoa tem em cada localidade, interage de forma horizontal e transparente com o Estado.


A cidade inovadora é fruto da vivacidade de seus habitantes, que interagem de forma criativa entre a necessidade de pacificar o ambiente em que vivemos, a partir da afirmação de que a juventude
do século XXI é mais colaborativa, mais solidária, e mais inteligente e, tem
mais conhecimentos, do que criar mais um centro de recuperação para jovens.


A cidade inovadora pratica o futuro, rompe com a idéia de que a solução de seus obstáculos está fora de cada pessoa e, com isso, DÁ O PRIMEIRO PASSO para que a educação na escola seja
criativa, alegre, e interaja com a população local, sem a idéia do monopólio do
conhecimento.


A cidade inovadora privilegia o diálogo com as pessoas que vivem na localidade e com os representantes do Estado. Não delega suas responsabilidades a representantes políticos. Estimula a
economia local e promove o sentimento de pertencimento.


Com mais idéias inovadoras, mais colaboração. Com mais colaboração, mais cidades inovadoras e, assim, mais cidades sustentáveis e mais pessoas felizes.


Muita paz

Everardo de Aguiar Lopes

Movimento Amigos da paz

Brasília, DF, 11 de julho de 2010.

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