18 de agosto de 2009

Julgamento dos sete líderes bahá'ís presos em Teerã é adiado

Julgamento dos sete líderes bahá'ís presos em Teerã é adiado      
Seg, 17 de Agosto de 2009 14:51
BRASÍLIA (Com informações de Genebra) – O julgamento das sete lideranças bahá'ís presas no Irã foi postergado para o dia 18 de outubro, conforme informações recebidas hoje pela Comunidade Internacional Bahá'í.

De acordo com Diane Ala'i, a representante da Comunidade Internacional Bahá'í para as Nações Unidas em Genebra, após um pedido de adiamento realizado pelo Sr. Hadi Elsmaielzadeh e a Sra. Mahnaz Parakand—advogados do Centro de Defensores de Direitos Humanos que estão representando os sete bahá'ís — a corte decidiu postergar a audiência por dois meses.

Dois advogados sêniores, membros do time de advogados, a Prêmio Nobel Sra. Shirin Ebadi e o Sr. Abdolfattah Soltani encontravam-se impedidos de participar da audiência, uma vez que a Sra. Ebadi está fora do país e o Sr. Soltani está preso, tendo sido detido em 16 de junho de 2009 na onda dos tumultos civis que se seguiram à eleição presidencial no Irã.

"Nossa esperança agora é que nossos sete correligionários inocentes sejam libertados sob fiança", disse a Sra. Ala'i.

Os sete prisioneiros bahá'ís são: Sra. Fariba Kamalabadi, Sr. Jamaloddin Khanjani, Sr. Afif Naeimi, Sr. Saeid Rezaie, Sra. Mahvash Sabet, Sr. Behrouz Tavakkoli, e Sr. Vahid Tizfahm. Todos, a exceção da Sra Sabet, foram presos em 14 de maio de 2008 em suas casas em Teerã. A Sra. Sabet foi presa em 5 de março de 2008 enquanto estava em Mashhad. Desde então, os sete encontram-se detidos na prisão de Evin, em Teerã, sem acusações formais e sem acesso a seus advogados.


Mídia: Repercussão do caso das sete lideranças bahá'ís presas em Teerã
Mesmo com o adiamento do julgamento, a opinião pública deve saber os argumentos que vem sendo utilizados na mídia nacional e internacional em defesa dos sete líderes bahá'ís presos no Irã. Acompanhe pelos links:

CNN:Lawyer: Iran has no evidence against Baha'i prisoners
Iran should release seven Baha'i prisoners accused of espionage because it does not have any evidence against them, their lawyer Shirin Ebadi told CNN on Saturday.

"In the files, in the case basically, there is nothing, no reason that basically convicts them," said Ebadi, a Nobel Peace Prize laureate.

Jornal O Imparcial: Repressão no Irã: os casos de Mona Mahmudnizad e Neda Soltan
(…) Neste caso em especial foi estarrecedor e alvo de críticas internacionais a morte de Mona Mahmudnizad, jovem de 17 anos que foi julgada por dar aulas de religião bahá'í para crianças, uma espécie de escola dominical desta Fé. Mona foi interrogada e torturada antes de sua execução, fato mostrado pelas feridas visíveis em seu corpo posteriormente no necrotério. Se antes a mártir pela liberdade no Irã fora Mona, a nova vítima mais uma vez é uma mulher, Neda Agha Soltan.

É compreensível que a morte de Neda fosse mais divulgada que a de Mona. Haja vista que Neda viveu sua mocidade na era da comunicação, na qual infelizmente a imagem do selvagem tiro que acertou seu rosto foi amplamente divulgada através do YouTube. Mas a brutalidade e a crueldade da morte das duas foram similares. Ambas, digase de passagem, foram vítimas da ignorância religiosa e do apego ao poder do regime teocrático iraniano. Mona e Neda não são as únicas que sofrem na mão do governo persa e seus aliados civis (em especial os basij, policiais civis à paisana que podem andar armados e que são pejorativamente e ironicamente denominados em Teerã como "polícia moral"). (...)


Legislativo do Amazonas aprova resolução sobre a perseguição aos bahá'ís no Irã
Manaus, 15 de julho de 2009 – A Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas apresentou uma Nota de Repúdio às violações de direitos humanos dos bahá'ís no Irã. A sessão contou com a presença de cerca de 100 pessoas, entre autoridades, membros da Comunidade Bahá'í de Manaus e apoiadores.

Após a sessão aprovou-se um requerimento "indicando ao Governo da República Islâmica do Irã o respeito dos Direitos Humanos da Comunidade BAHÁ'Í nessa Nação". O requerimento foi então encaminhado às autoridades competentes, tais como a Embaixada Iraniana no Brasil, o Presidente Lula, o Ministério das Relações Exteriores e o Congresso Nacional, entre outros.

Duas cristãs iranianas podem ser executadas por apostasia
17 de julho de 2009 (RFE/RL) - Duas mulheres iranianas presas na notória prisão iraniana de Evin por terem se convertido do islamismo ao cristianismo podem ser executadas por apostasia, de acordo com a RFE/RL Radio Farda.

Amir Javadzadeh, uma correspondente da estação de rádio cristã baseada em Londres Channel of Affection, disse à Radio Farda que as duas mulheres poderão ser sentenciadas a morte mesmo "não tendo qualquer envolvimento com atividades políticas". Ele disse que as duas "somente queriam servir às pessoas de acordo com a Bíblia".

As duas mulheres, Marzieh Amirizadeh, 30, e Maryam Rustampoor, 27, foram presas em março, apesar de terem-se "convertido ao cristianismo cerca de 10 anos atrás," disse Javadzadeh. Ele complementou que as duas se tornaram cristãs após "passarem muito tempo estudando a religião e ajudando aos outros."


Senado: Mesquita Júnior critica política externa brasileira de direitos humanos; Cristóvam Buarque defende direito à liberdade de crença
"O Brasil pretende com toda justiça integrar o Conselho Permanente da ONU, e por isso, precisa de votos, precisa convencer as nações, mas não pode fazê-lo em prejuízo de questões que nós de princípio. Direitos humanos ninguém negocia não dá para ser omisso", disse Mesquita Júnior.

(...)Mesquita Júnior manifestou ainda sua solidariedade a membros da religião Bahá'i presos no Irã sob a acusação de "realizarem corrupção na Terra". A Comunidade Bahá'í é uma entidade não governamental presente atualmente em 188 países, inclusive no Brasil. Os membros da seita são reconhecidos por estabelecer projetos de desenvolvimento econômico e social, sobretudo nas áreas de direitos humanos e promoção da igualdade.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), referindo-se a voto de solidariedade aprovado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) aos membros da seita Bahá'í presos no Irã, defendeu o direito à liberdade de crença em todos os países do mundo.

"Os Bahá'ís, não importa sejam tratados como religião ou como seita, merecem respeito, merecem liberdade e, sobretudo, merecem a vida", afirmou Cristovam.

Conheça a equipe da SASG:

Iradj Eghrari – Secretário Nacional
Mary Aune – Secretária Adjunta, Coordenadora de Relações Institucionais
Mariana Pereira – Coordenadora de Projetos
Said Akhavan – Coordenador Diplomático
Suellen Sá, Lorayne Santos, Douglas Rodrigues e
Daniella Hiche - Assessores

 

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