28 de março de 2012

Fidel e a religião,um livro para entender problemas atuais

Havana, 26 mar (Prensa Latina) O livro Fidel e a religião, conversações com Frei Betto, após 27 anos de publicado ajuda a crentes e não crentes a entender os problemas do mundo contemporâneo.

  Depois de 23 horas de gravações o frade dominico brasileiro, Frei Betto, obteve reflexões do líder da Revolução cubana, Fidel Castro, quem adiantou pormenores sobre a globalização, o depauperamento dos recursos naturais e os perigos que ameaçam à espécie humana.

O livro segue tirando preconceitos e criando pontes entre crentes e não crentes, marxistas e religiosos, sublinha um artigo publicado no site do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, do jornalista Frank Agüero sob o título Fidel e a Religião, uma conversa transcendente.

Naquelas conversas, Fidel Castro reiterava seu respeito e conhecimento das atividades do Sumo Pontífice da Igreja Católica, cujo ministério exercia João Pablo II, e de seu interesse por América Latina e outros países, indicou Agüero.

Adiantando à repercussão que teria a visita a Cuba em 1998 do também Chefe do Estado da Cidade do Vaticano, Fidel Castro assinalava 'Eu estou absolutamente convencido de que a visita do Papa seria útil e positiva para a Igreja, para Cuba e ao mesmo tempo acho que seria útil para o Terceiro Mundo, seria útil em muitas areas para todos os países'.

Fidel Castro expôs suas posições sobre a garantia de direitos a todos os cidadãos, em correspondência com o respeito constitucional à liberdade religiosa em Cuba.

Eu, por princípio, não posso concordar com nenhum tipo de discriminação, pois a liberdade religiosa é direito inalienável do cidadão, entre outros princípios básicos em cuja defesa descansa toda a obra revolucionária, assinalou.

'Consideramos que se deve respeitar o direito dos cidadãos a sua crença, como há que respeitar sua saúde, sua vida, sua liberdade e todos os demais direitos', sentenciou.

Considero que esse é um direito inalienável, pudéssemos dizer do indivíduo, a seu pensamento filosófico, a sua crença religiosa, à ter ou não a ter...não é uma simples questão de táctica política, enfatizou.

Por razões estritas de princípios, mais que políticas, nós fomos conseqüentes com as normas revolucionárias de respeito às crenças e instituições religiosas, recordou Fidel Castro.

Fidel assinalou que a união entre marxistas e crentes religiosos não se constrange a uma questão política, de táctica, senão a estratégias comuns.

'Deveriam existir relações mais estreitas, melhores, deveriam ter relações de colaboração inclusive, entre a Revolução e as Igrejas.', assinalava o líder cubano, citado por Agüero.

Nesse sentido, Fidel Castro destacava a coincidência filosófica da Revolução com preceitos éticos religiosos que pregam o amor ao próximo e condenam a mentira, a avareza, o roubo, a malversação, a corrupção.

'Quando, por exemplo, a Igreja desenvolve o espírito de sacrifício e o espírito de austeridade, e quando a Igreja propõe a humildade, nós também colocamos a mesma coisa quando dizemos que o dever dum revolucionário é a disposição ao sacrifício, a vida austera e modesta'.

'Entendo que amor ao próximo é solidariedade', assinalava Fidel Castro, ao resumir uma pergunta sobre o desenvolvimento espiritual do homem na nova sociedade.

A 27 anos da publicação de Fidel e a religião, o texto editou-se em 32 países e 23 idiomas.

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