Franco Adailton
No Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba) ficou repleto de adeptos de diversas matrizes para, além de render homenagens a líderes religiosos de Salvador, provocar discussões sobre aliberdade de crença.
Entre os quatro líderes religiosos homenageados, somente o padre Gaspar Sadoc, por motivo de saúde, não compareceu ao evento. Os demais fizeram-se presentes como a ialorixá Mãe Stella de Oxóssi, o médium e líder espírita José Medrado e o pastor evangélico Djalma Torres.
Aos 86 anos, Mãe Stella levantou a plateia ao entoar um cântico em idioma yorubano. “O trabalho deve durar até todos se conscientizarem de que o respeito às diferenças precisa ser cumprido”, disse.
Poder público - Autora do Projeto de Lei 6.464/04, que instituiu o marco para o Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, a ouvidora-geral da Câmara de Vereadores, Olívia Santana (PC do B), disse estar realizada com o caminho que Salvador trilha para o respeito às diferenças de culto.
“É um dia que fortalece a causa da paz e da boa convivência entre os inúmeros segmentos de fé, uma vez que diversidade religiosa é um direito assegurado pela Constituição”, afirmou a vereadora.
A proposta municipal foi levada ao Congresso pelo deputado federal Daniel Almeida (PC do B), convertendo-se na Lei 11.635/07, que demarca a data no Calendário Cívico da União. “O que demonstra uma estreita cooperação na defesa dos direitos humanos, sobretudo”, concluiu o procurador-geral da República Domênico Espinheira.
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