Fonte: Jornal do Comércio
Juarez Sant’ Anna
ANTONIO PAZ/JC
Lélio Falcão e Cícero Pereira ajudam na preparação das atividades do Fórum
O comitê do Fórum Social Temático (FST) adiou para amanhã a coletiva de imprensa para divulgar a programação completa do evento, que acontece de 24 a 29 de janeiro na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Mas os organizadores confirmaram ontem algumas das atrações do evento de cinco dias, que terá mais de mil atividades promovidas por entidades da sociedade civil. Entre os destaques, a presença da presidente Dilma Rousseff (PT) no dia 26.
Originalmente, estava previsto um painel com os outros três chefes de Estado do Mercosul - Cristina Kírchner, da Argentina; José Pepe Mujica, do Uruguai; e Fernando Lugo, do Paraguai. A definição sobre a vinda dos outros líderes será tomada nesta semana.
O FST é uma das atividades sob o guarda-chuva do Fórum Social Mundial, que nos anos pares é descentralizado e ocorre em vários países ao longo do ano. O encontro temático é preparatório à Cúpula dos Povos que ocorre junto à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que acontece em junho no Rio de Janeiro.
A organização estima a participação de mais de 40 mil pessoas. A uma semana do evento, os primeiros acampados já se instalaram na orla, próximo à Usina do Gasômetro. Trata-se da Aldeia da Paz, encontro de comunidades alternativas que ocorrerá entre o Parque da Harmonia e o Guaíba.
As atividades do FST acontecem em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo. Além do comitê central, que funciona no Memorial do Rio Grande do Sul, cada cidade mantém uma sede para preparar as atividades.
A de Porto Alegre funciona em uma sala da prefeitura no nono andar de um prédio na rua Uruguai. Passam por lá membros de sindicatos e Organizações Não Governamentais (ONGs). O grupo tem se dedicado a fechar a lista das mais de mil atividades autogestionadas - promovidas por grupos de pessoas ou ONGs - e definir a localização delas.
"A procura que tivemos foi muito grande e enfrentamos certa dificuldade em disponibilizar salas para a acomodação destas oficinas e palestras", relata um dos coordenadores do comitê da Capital, Cícero Pereira, que também é integrante da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Pereira é sindicalista há mais de 18 anos e conta que nos últimos oito meses o comitê realizou reuniões semanais para tratar do evento. "O objetivo é juntar informações e organizar este complexo de discussões que teremos na Capital."
Ajudam no comitê de Porto Alegre oito pessoas da Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local. O grupo recebe e encaminha demandas das entidades que vão realizar oficinas e palestras no evento temático.
Integrante da Força Sindical, Lélio Falcão também é um dos coordenadores do comitê de Porto Alegre e destaca o seminário "Mundo do Trabalho", promovido pelas centrais sindicais e que vai reunir representantes de mais de 100 entidades de trabalhadores de todo o mundo em um evento na Assembleia Legislativa. "A crise do capitalismo será o ponto-chave que deve estar presente nos debates", antecipa.
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