Parlamentares e sociedade civil discutem soluções para cessar o preconceito religioso no país
No marco das comemorações da Semana da Consciência Negra, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados realizou, em 23 de novembro, uma audiência pública sobre a tolerância e o respeito às comunidades de terreiro. O objetivo foi debater propostas destinadas à promoção da liberdade religiosa e dos direitos dos seguidores de religiões de matriz africana à luz da Constituição Federal.
Em sua fala de abertura, a presidente da Comissão, deputada federal Manuela Dávila, ressaltou que o Brasil precisa ir além da tolerância, “já que isso significar apenas suportar as outras religiões. É preciso mais que isso. Nós queremos que todos os templos, todos os espaços do divino sejam respeitados”, afirmou.
Apesar de reconhecer os benefícios das iniciativas que promovem a conscientização quanto ao preconceito religioso, a liderança umbandista Vera Luchi acredita que ainda não foram encontradas soluções efetivas para combater a discriminação. Para Vera, o Estado brasileiro precisa cumprir sua função de coibir ações que desrespeitem as religiões minoritárias. “A nossa Casa de Umbanda foi derrubada por agentes do governo do Distrito Federal”, lembra ela, relatando que o local foi recentemente invadido e pilhado pela nona vez consecutiva.
Durante a audiência pública, a representante bahá'í Daniella Hiche fez uma analogia entre a situação dos seguidores de religiões de matriz africana no Brasil e a perseguição religiosa sofrida pelos bahá'ís no Irã. Demonstrando solidariedade aos umbandistas e candomblecistas, Daniella afirmou saber “exatamente o que é ser vítima de intolerância religiosa”.
Segundo informou a representante bahá'í, seus correligionários no Irã são 350 mil pessoas. “Eles não podem prestar o vestibular; não podem trabalhar em determinadas profissões, em especial cargos públicos; não podem ter os seus cemitérios, que vem sendo destruídos; não conseguem adquirir determinadas licenças de trabalho; são proibidos de se reunirem e o governo iraniano os coloca como uma ameça ao Estado; tudo porque são bahá'ís”, afirmou.
Daniella destacou ainda a conduta dos umbandistas de não reagir com violência apesar das constantes violações de direitos humanos. “Considero nobre essa postura de não assumir as características do opressor, estando na situação de oprimido. É a mesma atitude adotada pelos bahá'ís no Irã, que nunca levantaram uma arma contra ninguém”.
“Apesar de a situação no Brasil não ser tão extrema como no Irã, atos de intolerância estão se tornando cada vez mais cotidianos”, ponderou Daniella. “A tolerância religiosa é apenas um passo para se estabelecer a unidade das religiões”, declarou, “pois deve haver também o respeito e a apreciação pela diversidade religiosa”.
Em sua fala de abertura, a presidente da Comissão, deputada federal Manuela Dávila, ressaltou que o Brasil precisa ir além da tolerância, “já que isso significar apenas suportar as outras religiões. É preciso mais que isso. Nós queremos que todos os templos, todos os espaços do divino sejam respeitados”, afirmou.
Apesar de reconhecer os benefícios das iniciativas que promovem a conscientização quanto ao preconceito religioso, a liderança umbandista Vera Luchi acredita que ainda não foram encontradas soluções efetivas para combater a discriminação. Para Vera, o Estado brasileiro precisa cumprir sua função de coibir ações que desrespeitem as religiões minoritárias. “A nossa Casa de Umbanda foi derrubada por agentes do governo do Distrito Federal”, lembra ela, relatando que o local foi recentemente invadido e pilhado pela nona vez consecutiva.
Durante a audiência pública, a representante bahá'í Daniella Hiche fez uma analogia entre a situação dos seguidores de religiões de matriz africana no Brasil e a perseguição religiosa sofrida pelos bahá'ís no Irã. Demonstrando solidariedade aos umbandistas e candomblecistas, Daniella afirmou saber “exatamente o que é ser vítima de intolerância religiosa”.
Segundo informou a representante bahá'í, seus correligionários no Irã são 350 mil pessoas. “Eles não podem prestar o vestibular; não podem trabalhar em determinadas profissões, em especial cargos públicos; não podem ter os seus cemitérios, que vem sendo destruídos; não conseguem adquirir determinadas licenças de trabalho; são proibidos de se reunirem e o governo iraniano os coloca como uma ameça ao Estado; tudo porque são bahá'ís”, afirmou.
Daniella destacou ainda a conduta dos umbandistas de não reagir com violência apesar das constantes violações de direitos humanos. “Considero nobre essa postura de não assumir as características do opressor, estando na situação de oprimido. É a mesma atitude adotada pelos bahá'ís no Irã, que nunca levantaram uma arma contra ninguém”.
“Apesar de a situação no Brasil não ser tão extrema como no Irã, atos de intolerância estão se tornando cada vez mais cotidianos”, ponderou Daniella. “A tolerância religiosa é apenas um passo para se estabelecer a unidade das religiões”, declarou, “pois deve haver também o respeito e a apreciação pela diversidade religiosa”.
Assista a gravação da audiência aqui.
Para mais informações sobre a intolerância religiosa no Irã, acesse: www.bahai.org.br/noticias/
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