Filósofos e teólogos do mundo todo condenaram os ataques aos educadores bahá'ís
Mais de 40 pessoas de 16 países, incluindo Leonardo Boff, uniram-se ao chamado global pelo direito à educação superior para jovens no Irã
Brasília,
10 de outubro – Em uma iniciativa global sem precedentes, 43 acadêmicos
proeminentes de diferentes origens religiosas – cristã, hindu, judaica e
muçulmana – assinaram uma carta aberta, publicada na edição de hoje do jornal britânico The Times. A carta também foi assunto de uma reportagem no jornal Folha de São Paulo de sábado, que entrevistou o teólogo Leonardo Boff, um dos signatários da carta.
A carta condena em particular os recentes ataques das autoridades iranianas à iniciativa educacional informal da perseguida comunidade Bahá’í – conhecida como o Instituto Bahá’í para Educação Superior (BIHE) – no qual professores bahá’ís, impedidos pelo governo iraniano de exercer sua profissão, voluntariamente ofereceram seus serviços em prol do ensino aos membros jovens da comunidade, os quais têm o acesso à educação superior impedido.
Sete bahá’ís ligados ao BIHE compareceram pela primeira vez à corte na semana passada, após serem mantidos presos durante quatro meses. Eles foram detidos após uma série de ataques, em 22 de maio, nos quais 39 casas relacionadas ao BIHE foram atingidas. Desde então, as atividades do Instituto foram declaradas “ilegais”.
“Como filósofos, teólogos e estudiosos da religião, que vivem em todas as partes do mundo, estamos erguendo nossas vozes em protesto contra os recentes ataques das autoridades iranianas ao Instituto Bahá’í para Educação Superior”, diz a carta aberta.
“Adquirir conhecimento e saber é o direito sagrado e legal de todos; na verdade, o estado é obrigado a provê-lo. No Irã, o governo tem feito o oposto…”
“Ataques como estes, contra os direitos dos cidadãos de organizarem e de serem educados em liberdade, não podem mais ser tolerado. Apelamos ao governo iraniano, não somente para cessar sua perseguição aos bahá’ís, que providencie e promova educação para todos.”
Na entrevista para o jornal Folha de São Paulo, o teólogo Leonardo Boff* comenta o ecumenismo da Fé Bahá'í: "É a religião mais ecumênica do mundo. Não importa o nome de Deus, desde que seja o princípio supremo que rege todas as coisas. Cristãos, judeus ou muçulmanos podem apoiar isso, sem trair suas origens confessionais. É uma religião dos tempos modernos", diz.
Entre os mais celebrados acadêmicos que responderam ao chamado está Dr. Charles Taylor, Professor Emérito de Filosofia na Universidade McGill, Canadá. Ele disse que assinou a carta devido ao seu profundo senso de “convicção que não deve haver ‘qualquer compulsão’ em religião.”
Outra figura destacada a adicionar seu nome à lista é Hilary Putnam, Professor Emérito de Filosofia da Universidade Cogan em Harvard, Estados Unidos. “Desde as Revoluções Americana e Francesa, no final do século dezoito, a aspiração das pessoas de diferentes etnias, nacionalidades e credos por seus direitos humanos fundamentais, incluindo o direito à adoração, conforme manda a consciência de cada um, e o direito à educação ganharam ímpeto”, disse o professor Putnam.
“A perseguição aos estudantes universitários bahá’ís no Irã é um atentado para voltar no tempo até a idade das trevas. Suas causas merecem o apoio de pessoas esclarecidas e de princípios morais de todo lugar”, completou.
Leia a carta aberta: http://www.bahai.org.br/ secext/arquivos/carta_aberta_ filosofos.pdf
Leia a notícia no jornal The Times (em inglês):
http://www.telegraph.co.uk/ news/worldnews/middleeast/ iran/8816662/Religious- academics-denounce- persecution-against-Irans- Bahai-minority.html
Leia a matéria na Folha de São Paulo: http://www1.folha.uol.com.br/ mundo/987523-leonardo-boff- assina-carta-aberta-em-favor- dos-bahais-no-ira.shtml
*Leonardo Boff é professor Emérito de Ética, Filosofia da Religião, e Ecologia, Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Com informações do Bahá'í World News Service
A carta condena em particular os recentes ataques das autoridades iranianas à iniciativa educacional informal da perseguida comunidade Bahá’í – conhecida como o Instituto Bahá’í para Educação Superior (BIHE) – no qual professores bahá’ís, impedidos pelo governo iraniano de exercer sua profissão, voluntariamente ofereceram seus serviços em prol do ensino aos membros jovens da comunidade, os quais têm o acesso à educação superior impedido.
Sete bahá’ís ligados ao BIHE compareceram pela primeira vez à corte na semana passada, após serem mantidos presos durante quatro meses. Eles foram detidos após uma série de ataques, em 22 de maio, nos quais 39 casas relacionadas ao BIHE foram atingidas. Desde então, as atividades do Instituto foram declaradas “ilegais”.
“Como filósofos, teólogos e estudiosos da religião, que vivem em todas as partes do mundo, estamos erguendo nossas vozes em protesto contra os recentes ataques das autoridades iranianas ao Instituto Bahá’í para Educação Superior”, diz a carta aberta.
“Adquirir conhecimento e saber é o direito sagrado e legal de todos; na verdade, o estado é obrigado a provê-lo. No Irã, o governo tem feito o oposto…”
“Ataques como estes, contra os direitos dos cidadãos de organizarem e de serem educados em liberdade, não podem mais ser tolerado. Apelamos ao governo iraniano, não somente para cessar sua perseguição aos bahá’ís, que providencie e promova educação para todos.”
Na entrevista para o jornal Folha de São Paulo, o teólogo Leonardo Boff* comenta o ecumenismo da Fé Bahá'í: "É a religião mais ecumênica do mundo. Não importa o nome de Deus, desde que seja o princípio supremo que rege todas as coisas. Cristãos, judeus ou muçulmanos podem apoiar isso, sem trair suas origens confessionais. É uma religião dos tempos modernos", diz.
Entre os mais celebrados acadêmicos que responderam ao chamado está Dr. Charles Taylor, Professor Emérito de Filosofia na Universidade McGill, Canadá. Ele disse que assinou a carta devido ao seu profundo senso de “convicção que não deve haver ‘qualquer compulsão’ em religião.”
Outra figura destacada a adicionar seu nome à lista é Hilary Putnam, Professor Emérito de Filosofia da Universidade Cogan em Harvard, Estados Unidos. “Desde as Revoluções Americana e Francesa, no final do século dezoito, a aspiração das pessoas de diferentes etnias, nacionalidades e credos por seus direitos humanos fundamentais, incluindo o direito à adoração, conforme manda a consciência de cada um, e o direito à educação ganharam ímpeto”, disse o professor Putnam.
“A perseguição aos estudantes universitários bahá’ís no Irã é um atentado para voltar no tempo até a idade das trevas. Suas causas merecem o apoio de pessoas esclarecidas e de princípios morais de todo lugar”, completou.
Leia a carta aberta: http://www.bahai.org.br/
Leia a notícia no jornal The Times (em inglês):
http://www.telegraph.co.uk/
Leia a matéria na Folha de São Paulo: http://www1.folha.uol.com.br/
*Leonardo Boff é professor Emérito de Ética, Filosofia da Religião, e Ecologia, Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Com informações do Bahá'í World News Service
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Luana Reis - Assessora de ComunicaçãoSecretaria Nacional de Ações com a Sociedade e o Governo - http://sasg.bahai.org.br/
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