Matéria reproduzida em: Jornal do Brasil, MSN
Agência Brasil
Luciana Lima
Os
avanços do Brasil nos últimos dez anos no tratamento das questões
raciais serão a tônica do discurso que a ministra Luiza Bairros, da
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), faz
hoje, em Nova York, na reunião sobre os dez anos da Conferência da
Durban, realizada na África do Sul. A reunião faz parte da 66ª sessão da
Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
A
ministra pretende destacar o pioneirismo do Brasil no tratamento das
questões raciais durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e o compromisso da presidente Dilma Rousseff de manter essas
conquistas. Entre os avanços a serem citados está a criação da própria
secretaria, que tem status de ministério e representa um dos
compromissos assumidos em Durban.
Luiza Bairros terá um
discurso de incentivo para que outras nações sigam o exemplo do Brasil,
criando pastas específicas para tratar do assunto, política adotada,
segundo ela, pelo próprio governo na relação com os estados e
prefeituras.
A implantação das cotas raciais também será
lembrada pela ministra como um avanço, embora não seja uma criação
brasileira. As cotas raciais são adotadas desde a década de 70 pelos
Estados Unidos, onde problemas relacionados com o racismo foram motivo
de intensos conflitos sociais, principalmente no sul do país. Além dos
avanços, a ministra brasileira deve destacar a necessidade de assegurar
uma educação mais pluralista nas escolas, desde os primeiros anos, e da
disseminação de valores mais qualificado por parte da imprensa de todo o
mundo.
A Conferência de Durban tratou de todas as formas de
discriminação, racismo e xenofobia. O Brasil desempenhou papel de
protagonista na conferência e, depois, na implementação de políticas
raciais.
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