25 de agosto de 2011

Tempo de repensar no divã



Paiva Netto

Na quinta-feira da próxima semana, 1o de setembro, lançarei o livro “Jesus, o Profeta Divino”, durante a 15ª edição da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, no Riocentro. A festa literária se prolongará até o dia 11.
Trata-se do quarto volume da série de palestras “O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração”, a qual proferi a respeito do Apocalipse no rádio e na TV.
“Jesus, o Profeta Divino” é mais uma contribuição aos que discutem seriamente o tema profético acerca do Fim dos Tempos.
O Cristo, os profetas bíblicos, os vates das religiões e muitos pesquisadores, crentes ou ateus, cada um a seu modo, falam sobre ou analisam a possibilidade de uma grande mudança ou monumental reforma em tudo o que conhecemos como sociedade e aspecto físico deste orbe.
Apresento despretensiosamente no livro elementos dessas transformações. Elas se realizarão, creiamos nós ou não creiamos nelas? Quando?! Não sei... porém deixo à reflexão dos estimados leitores.
O Tempo das grandes mudanças, no entanto, pode estar em pleno curso. Elas são inevitáveis, desde as simplesinhas às mais complexas?
Muitos estremecem ante a perspectiva da escassez e do alto preço dos alimentos; da falta de água potável; do fim do petróleo; da explosão populacional; do ferimento da camada de ozônio; do aquecimento global; da forte queda da umidade relativa do ar, afetando garganta, narinas, olhos, cabeça — os pais das crianças que o digam... —, entre outras ameaças.

O centro da Economia Altruísta
Na entrevista que concedi ao meu velho amigo Paulo Parisi Rappoccio, jornalista italiano, radicado no Brasil, em 10 de outubro de 1981, reafirmo:
(...) O ser humano, com seu Espírito Eterno, é o centro da Economia Altruísta, a geratriz de todo o progresso. Sem ele, não há o trabalho nem o capital.
A riqueza de um país está no coração do seu povo. No entanto, nações inteiras ainda sofrem miséria. Convém lembrar que barrigas vazias e Espíritos frustrados geralmente não estão dispostos a ouvir. (...)
Numa época em que pelo avanço da tecnologia as expectativas de produção ficam ultrapassadas, a fome é realmente um escândalo! Não somente a do corpo, como também a de conhecimento, isto é, Educação, sem a qual nenhum povo é forte. Anacronicamente, nunca o mundo conheceu, por um lado, tanta fartura e, por outro, tanta miséria. Está faltando Solidariedade à Economia. Até que o último dos seus filhos tenha as condições mínimas para uma vida digna, qualquer país não será uma nação independente, mas apenas escrava das limitações que a si mesma se impõe. Os impedimentos de ordem interna são mais prejudiciais ao progresso de sua gente que os de ordem externa (...). Se um povo não se prepara, como ele vencerá?

Profundas reformas
Vejam o que ocorre, agora mesmo, no campo econômico-financeiro, por consequência social, a partir da mais potente nação da Terra na atualidade, os Estados Unidos, sem falar na Europa. O capitalismo está se repensando no divã, lugar por onde ainda passa o socialismo.
Alziro Zarur (1914-1979) costumava dizer, há mais de cinquenta anos, que o poder se tornaria fluídico nas mãos dos poderosos. E assim escaparia entre os dedos deles.
Hoje, século 21, os Estados nacionais flagrantemente não têm mais a força de outrora. Poder-se-ia afirmar que “o mundo está à beira de um precipício”. Mas isso é um velho chavão. Todavia, certos conceitos vão mudar profundamente. Aliás, já estão sendo revistos.
Vivemos tempos de crise e esta sempre implica alguma modificação, no decorrer dela ou em seguida.
Endereço da 15a Bienal do Livro — Riocentro, Av. Salvador Allende, 6.555, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro/RJ.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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