Infográfico: Bahia Notícias / Fonte: FGV
Salvador perde para cidades do Sul e Sudeste em número de praticantes de religiões afro-brasileiras Nessa cidade nem todo mundo é d'Oxum. Embora seja considerada como a metrópole de maior representatividade da cultura africana, Salvador é apenas a quarta em adeptos de religiões afrobrasileiras. A capital baiana ficou atrás de Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente, de acordo com pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta terça-feira (23). Apenas 0,33% dos soteropolitanos entrevistados se disseram praticantes de credos de origem africana. O antropólogo Roberto Albergaria e o historiador e presidente da Fundação Pedro Calmon (FPC), Ubiratan Castro, divergem na interpretação do resultado. "O IBGE já havia feito uma pesquisa há 10 anos em que Salvador só aparece em 13º lugar em número de candomblés. No fundo, a história desses credos passou a representar para a gente um item não religioso, mas cultural. É a questão da baianidade que também foi ancorada neste mito da africanidade. 'A maior cidade negra fora da África'. Mentira. Salvador é a maior cidade mulata do Brasil", declarou Albergaria. Já Ubiratan destaca que há um número considerável de pessoas que não se assumem quanto à religião. "Lá [Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo] já existe uma quantidade maior de terreiros, e outra coisa: essas cidades possuem uma população que assume mais a religião. Aqui a grande maioria não quer nem saber. Não dá importância, não assume sua religiosidade", opinou.
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