16 de junho de 2011

GOVERNO DE CUBA E IGREJA CATÓLICA, O DIÁLOGO CONTINUA


Havana, 16 jun (RV) –
O bispo de Matanzas, Dom Manuel de Céspedes García-Menocal, considera que a situação atual da Igreja católica em Cuba é “completamente normal” ou até melhor do que em muitos outros países católicos.

A respeito dos “conflitos” ocorridos entre a Igreja e o Governo cubano depois da revolução de 1959, o bispo disse que a responsabilidade foi “dividida” e o caso da ilha não foi uma exceção dentre os governos marxistas.

O bispo também recordou que a visita realizada pelo Papa João Paulo II à ilha em 1998 foi uma “reviravolta” nas relações Igreja-Estado e uma ocasião para que muitos que se haviam afastado da Igreja, por temor ou “esfriamento”, se reaproximassem da fé.

Tetraneto de Carlos Manuel de Céspedes, herói e pai da pátria cubana, Dom Céspedes é uma das figuras mais influentes e reconhecidas da Igreja cubana. É membro da Academia Cubana de Letras, fundador da revista “Palavra Nova”, prolífico escritor e promotor do pensamento e da cultura cubana.

Em 2010, as relações entre o Estado cubano e a Igreja católica abriram uma etapa de maior distensão, depois do processo de diálogo iniciado entre o Governo e a hierarquia católica da ilha, que resultou na libertação de dezenas de presos políticos.

No recente congresso do Partido Comunista, em abril passado, o presidente cubano, Raúl Castro, defendeu o respeito e a integração, falando sobre a diversidade religiosa no país.

Entretanto, o governo da Espanha concedeu ontem asilo político a 53 dissidentes cubanos que começaram ser acolhidos por Madri em julho do ano passado.

No total, a Espanha abrigou 115 ex-detentos e 647 familiares. Eles foram presos em 2003 e sua libertação foi intermediada pela Igreja Católica, com a ajuda do governo espanhol.
(CM)

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