Campanha da Agência de Notícias de
Ativistas de Direitos Humanos - HRANAGENEBRA, 26 de agosto (BWNS) – Um crescente número de governos, grupos de direitos humanos e indivíduos proeminentes estão levantando suas vozes contra a cruel sentença de prisão pronunciada anteriormente neste mês contra as sete lideranças bahá’ís.
Enquanto os advogados dos prisioneiros se preparam para apelar da sentença de 20 anos de prisão, o governo da Nova Zelândia manifestou sua preocupação de que o julgamento “foi conduzido de um modo não imparcial nem transparente”.
“A Nova Zelândia espanta-se pela falha do Irã em manter seus compromissos internacionais de direitos humanos, e neste caso os seus próprios procedimentos legais devidos”, disse o Ministro do Exterior Murray McCully.
“As sentenças parecem estar inteiramente baseadas no fato de estas pessoas serem membros de um grupo de minoria religiosa”, disse o Sr. McCully numa declaração emitida em 20 de agosto.
“A Nova Zelândia apela ao governo do Irã que proteja os direitos fundamentais de todos os seus cidadãos e coloque um fim à sua contínua e sistemática perseguição aos bahá’ís”, disse ele.
Os governos da Austrália, Canadá, França, Alemanha, Países Baixos, Reino Unido e Estados Unidos da América – bem como a União Européia e o presidente do Parlamento Europeu – já haviam condenado o sentenciamento dos sete.
Seguindo o caminho dos apelos de numerosas organizações para os prisioneiros serem libertados, grupos especificamente focados em abusos de direitos humanos no Irã – tais como a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos e United4Iran – bem como a Anistia Internacional, lançaram campanhas de escrever cartas encorajando apoiadores a pedirem justiça para os sete. Indivíduos proeminentes, incluindo a advogada britânica Cherie Blair também têm erguido suas vozes em apoio às lideranças bahá’ís.
O Grupo Internacional de Direitos de Minorias (MRG, sigla em inglês) – cuja campanha em favor das minorias desprotegidas e povos indígenas – expressou sua profunda preocupação pelas prolongadas sentenças.
“Considerando o fato de não se ter permitido a abservadores independentes participarem do julgamento e a história de perseguição que a comunidade Bahá’í tem sofrido no Irã, o resultado é que não há nada que estimule a confiança no sistema judicial iraniano”, disse Carl Soderbergh, Diretor de Políticas e Comunicações do GDM.
O MRG exige que o Irã anule as condenações e liberte os réus imediatamente”, acrescentou o Sr. Soderbergh.
Campanhas de direitos humanos
Antes de sua detenção em 2008, os sete prisioneiros eram todos membros de um grupo de âmbito nacional conhecido como “Yarán” – ou “Amigos” – que ajudavam a prover as necessidades mínimas da numerosa comunidade Bahá’í de 300 mil membros.
Entre os grupos de direitos humanos que ora clamam por justiça para os sete, a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos (HRANA, sigla em inglês) está pedindo a pessoas de todo o mundo para se juntarem à campanha de escrever cartas “Nós somos Yaran”.
O esboça da carta da HRANA afirma: “Não há qualquer evidência que apoie as acusações levantadas contra esses bahá’ís, e a sentença final de aprisionamento é injusta e inadmissível.”
A United4Iran – uma rede global apartidária de promoção dos direitos humanos e civis fundamentais no Irã – está pedindo que os que visitem seu website chamem atenção à condição dos prisioneiros enviando mensagens de email a líderes mundiais e oficiais iranianos.
Considerando-se a idade avançada de vários desses líderes espirituais, a IRI (sigla em inglês para República Islâmica do Irã) efetivamente desferiu sentenças de morte”, diz o grupo. Um porta-voz da United4Iran disse que na quarta-feira mais de 1100 mensagens foram enviadas através do link do website.
Nos Estados Unidos, a Anistia Internacional está insistindo com seus membros para escreverem ao chefe do judiciário iraniano para protestar contra o julgamento e a sentença.
Pessoas proeminentes se manifestam
Num artigo publicado na quarta feira pelo jornal The Guardian, do Reino Unido,, a célebre advogada britânica Cherie Blair descreveu os procedimentos legais contra os sete como um “julgamento fraudulento”.
“Durante dois anos de encarceramento, os advogados que trabalham com Ebadi (Shirin Ebadi, vencedora do Prêmio Nobel) tiveram menos de duas horas com seus clientes”, escreveu a Sra. Blair. “Eles tiveram apenas poucas horas para examinar o processo do caso com centenas de páginas. No pouco tempo que lhes foi dado, descobriram que o processo foi compilado por oficiais do ministério da inteligência, apesar de a lei iraniana determinar que esses agentes não devem ser incumbidos da investigação dos acusados”.
“A absurda acusação de espionagem expõe a realidade por trás do cruel comportamento do regime. Com o passar dos anos, os bahá’ís se viram acusados de ser instrumentos do imperialismo russo, do colonialismo britânico, do expansionismo americano e mais recentemente do sionismo”.
“Mas ao sabermos que os bahá’ís acusados de espionagem para Israel recebem a oferta de desobrigação e a restauração de todos os seus direitos de cidadania caso simplesmente reneguem sua fé, podemos ver que tais acusações são completamente infundadas”.
“A profanação de cemitérios bahá’ís, a demolição de templos e o confisco de propriedades bahá’ís são punições improváveis para um bando de espiões”.
“A verdade por trás dessas sentenças é que essa é uma tentativa de decapitar a numerosa comunidade Bahá’í de 300 mil membros do Irã. Como membros da maior minoria religiosa do Irã, eles vêm sofrendo décadas de discriminação, molestamento e terrível tratamento. Mais recentemente, 50 casas pertencentes aos bahá’ís foram arrasados no norte do Irã, e sabemos de pelo menos 47 outros bahá’ís atualmente presos”, escreveu a Sra. Blair.
O líder da Igreja Católica Romana da Escócia, o arcebispo de St.Andrews e Edimburgo, denominou hoje a sentença de 20 anos de prisão para as lideranças bahá’ís “uma transgressão extremamente terrível da justiça e essencialmente uma violação grosseira do direito humano à liberdade de crença.”
“Uno-me em oração para aqueles da Fé Bahá’í que estão sofrendo nesta época atual no Irã e também às muitas pessoas de boa vontade que estão sofrendo devido à sua fé em outras partes do mundo”, disse o cardeal Keith Patrick O'Brien.
Numa declaração em vídeo, postada no YouTube, o comediante Omid Djalili disse estar “muito desconcertado” pelas sentenças de prisão.
A Fé Bahá’í é uma religião pacífica com uma visão abrangente de unidade para todos os povos, para todas as fés. É uma firme defensora dos direitos humanos. Assim, o fato de esses sete estarem na prisão como se fossem perpetradores do crime mais hediondo é simplesmente ridículo”, disse o Sr. Djalili, cujo vídeo recebeu mais de 8 mil visitas nos primeiros dias.
“O protesto internacional continuará”
Os prisioneiros - Fariba Kamalabadi, Jamaloddin Khanjani, Afif Naeimi, Saeid Rezaie, Mahvash Sabet, Behrouz Tavakkoli, e Vahid Tizfahm – negaram todas as acusações levantadas contra eles, as quais incluem espionagem, propaganda contra a república islâmica e o estabelecimento de uma administração ilegal. Eles estão agora encarcerados na prisão de Gohardasht, em Karaj, a cerca de 20 quilômetros ao oeste de Teerã.
“Em todo caso, as acusações contra eles foram inteiramente sem fundamento, e o próprio julgamento não passou de uma charada”, disse Diane Ala’i, a representante da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas em Genebra.
“Enquanto eles permanecerem presos, este protesto internacional continuará”, disse a Sra. Ala’i.
Para ver o artigo on-line e ver imagens e links, acesse (em inglês):
http://news.bahai.org/story/790
Para ver a página do Bahá’í World News Service, acesse (em inglês):
http://news.bahai.org/
Ativistas de Direitos Humanos - HRANAGENEBRA, 26 de agosto (BWNS) – Um crescente número de governos, grupos de direitos humanos e indivíduos proeminentes estão levantando suas vozes contra a cruel sentença de prisão pronunciada anteriormente neste mês contra as sete lideranças bahá’ís.
Enquanto os advogados dos prisioneiros se preparam para apelar da sentença de 20 anos de prisão, o governo da Nova Zelândia manifestou sua preocupação de que o julgamento “foi conduzido de um modo não imparcial nem transparente”.
“A Nova Zelândia espanta-se pela falha do Irã em manter seus compromissos internacionais de direitos humanos, e neste caso os seus próprios procedimentos legais devidos”, disse o Ministro do Exterior Murray McCully.
“As sentenças parecem estar inteiramente baseadas no fato de estas pessoas serem membros de um grupo de minoria religiosa”, disse o Sr. McCully numa declaração emitida em 20 de agosto.
“A Nova Zelândia apela ao governo do Irã que proteja os direitos fundamentais de todos os seus cidadãos e coloque um fim à sua contínua e sistemática perseguição aos bahá’ís”, disse ele.
Os governos da Austrália, Canadá, França, Alemanha, Países Baixos, Reino Unido e Estados Unidos da América – bem como a União Européia e o presidente do Parlamento Europeu – já haviam condenado o sentenciamento dos sete.
Seguindo o caminho dos apelos de numerosas organizações para os prisioneiros serem libertados, grupos especificamente focados em abusos de direitos humanos no Irã – tais como a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos e United4Iran – bem como a Anistia Internacional, lançaram campanhas de escrever cartas encorajando apoiadores a pedirem justiça para os sete. Indivíduos proeminentes, incluindo a advogada britânica Cherie Blair também têm erguido suas vozes em apoio às lideranças bahá’ís.
O Grupo Internacional de Direitos de Minorias (MRG, sigla em inglês) – cuja campanha em favor das minorias desprotegidas e povos indígenas – expressou sua profunda preocupação pelas prolongadas sentenças.
“Considerando o fato de não se ter permitido a abservadores independentes participarem do julgamento e a história de perseguição que a comunidade Bahá’í tem sofrido no Irã, o resultado é que não há nada que estimule a confiança no sistema judicial iraniano”, disse Carl Soderbergh, Diretor de Políticas e Comunicações do GDM.
O MRG exige que o Irã anule as condenações e liberte os réus imediatamente”, acrescentou o Sr. Soderbergh.
Campanhas de direitos humanos
Campanha da United4Iran
Antes de sua detenção em 2008, os sete prisioneiros eram todos membros de um grupo de âmbito nacional conhecido como “Yarán” – ou “Amigos” – que ajudavam a prover as necessidades mínimas da numerosa comunidade Bahá’í de 300 mil membros.
Entre os grupos de direitos humanos que ora clamam por justiça para os sete, a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos (HRANA, sigla em inglês) está pedindo a pessoas de todo o mundo para se juntarem à campanha de escrever cartas “Nós somos Yaran”.
O esboça da carta da HRANA afirma: “Não há qualquer evidência que apoie as acusações levantadas contra esses bahá’ís, e a sentença final de aprisionamento é injusta e inadmissível.”
A United4Iran – uma rede global apartidária de promoção dos direitos humanos e civis fundamentais no Irã – está pedindo que os que visitem seu website chamem atenção à condição dos prisioneiros enviando mensagens de email a líderes mundiais e oficiais iranianos.
Considerando-se a idade avançada de vários desses líderes espirituais, a IRI (sigla em inglês para República Islâmica do Irã) efetivamente desferiu sentenças de morte”, diz o grupo. Um porta-voz da United4Iran disse que na quarta-feira mais de 1100 mensagens foram enviadas através do link do website.
Nos Estados Unidos, a Anistia Internacional está insistindo com seus membros para escreverem ao chefe do judiciário iraniano para protestar contra o julgamento e a sentença.
Pessoas proeminentes se manifestam
Num artigo publicado na quarta feira pelo jornal The Guardian, do Reino Unido,, a célebre advogada britânica Cherie Blair descreveu os procedimentos legais contra os sete como um “julgamento fraudulento”.
“Durante dois anos de encarceramento, os advogados que trabalham com Ebadi (Shirin Ebadi, vencedora do Prêmio Nobel) tiveram menos de duas horas com seus clientes”, escreveu a Sra. Blair. “Eles tiveram apenas poucas horas para examinar o processo do caso com centenas de páginas. No pouco tempo que lhes foi dado, descobriram que o processo foi compilado por oficiais do ministério da inteligência, apesar de a lei iraniana determinar que esses agentes não devem ser incumbidos da investigação dos acusados”.
“A absurda acusação de espionagem expõe a realidade por trás do cruel comportamento do regime. Com o passar dos anos, os bahá’ís se viram acusados de ser instrumentos do imperialismo russo, do colonialismo britânico, do expansionismo americano e mais recentemente do sionismo”.
“Mas ao sabermos que os bahá’ís acusados de espionagem para Israel recebem a oferta de desobrigação e a restauração de todos os seus direitos de cidadania caso simplesmente reneguem sua fé, podemos ver que tais acusações são completamente infundadas”.
“A profanação de cemitérios bahá’ís, a demolição de templos e o confisco de propriedades bahá’ís são punições improváveis para um bando de espiões”.
“A verdade por trás dessas sentenças é que essa é uma tentativa de decapitar a numerosa comunidade Bahá’í de 300 mil membros do Irã. Como membros da maior minoria religiosa do Irã, eles vêm sofrendo décadas de discriminação, molestamento e terrível tratamento. Mais recentemente, 50 casas pertencentes aos bahá’ís foram arrasados no norte do Irã, e sabemos de pelo menos 47 outros bahá’ís atualmente presos”, escreveu a Sra. Blair.
O líder da Igreja Católica Romana da Escócia, o arcebispo de St.Andrews e Edimburgo, denominou hoje a sentença de 20 anos de prisão para as lideranças bahá’ís “uma transgressão extremamente terrível da justiça e essencialmente uma violação grosseira do direito humano à liberdade de crença.”
“Uno-me em oração para aqueles da Fé Bahá’í que estão sofrendo nesta época atual no Irã e também às muitas pessoas de boa vontade que estão sofrendo devido à sua fé em outras partes do mundo”, disse o cardeal Keith Patrick O'Brien.
Numa declaração em vídeo, postada no YouTube, o comediante Omid Djalili disse estar “muito desconcertado” pelas sentenças de prisão.
A Fé Bahá’í é uma religião pacífica com uma visão abrangente de unidade para todos os povos, para todas as fés. É uma firme defensora dos direitos humanos. Assim, o fato de esses sete estarem na prisão como se fossem perpetradores do crime mais hediondo é simplesmente ridículo”, disse o Sr. Djalili, cujo vídeo recebeu mais de 8 mil visitas nos primeiros dias.
“O protesto internacional continuará”
Os prisioneiros - Fariba Kamalabadi, Jamaloddin Khanjani, Afif Naeimi, Saeid Rezaie, Mahvash Sabet, Behrouz Tavakkoli, e Vahid Tizfahm – negaram todas as acusações levantadas contra eles, as quais incluem espionagem, propaganda contra a república islâmica e o estabelecimento de uma administração ilegal. Eles estão agora encarcerados na prisão de Gohardasht, em Karaj, a cerca de 20 quilômetros ao oeste de Teerã.
“Em todo caso, as acusações contra eles foram inteiramente sem fundamento, e o próprio julgamento não passou de uma charada”, disse Diane Ala’i, a representante da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas em Genebra.
“Enquanto eles permanecerem presos, este protesto internacional continuará”, disse a Sra. Ala’i.
Para ver o artigo on-line e ver imagens e links, acesse (em inglês):
http://news.bahai.org/story/790
Para ver a página do Bahá’í World News Service, acesse (em inglês):
http://news.bahai.org/
Fonte:
SASG
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