12 de fevereiro de 2010

Entidades aderem a campanha contra bases militares estrangeiras

10 de Fevereiro de 2010 - 15h41


A campanha “América Latina e Caribe, uma região de paz”, em defesa da erradicação de bases militares estrangeiras no continente, já é um sucesso no que diz respeito ao número de adesões. Lançada há menos de quinze dias, no dia 28 de janeiro, ela já conta com o apoio de 70 organizações e redes de dentro e fora do Brasil.

No total, 14 entidades e redes internacionais subscreveram o documento apresentado durante o Fórum Social Mundial em Porto Alegre, que condena energicamente a escalada do militarismo na região e no mundo. Até o último dia 8, outras 56 organizações de caráter nacional também já haviam oficializado seu apoio ao texto.



De acordo com a presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Socorro Gomes, o próximo passo é fazer o lançamento da campanha nos estados e pela América Latina. Segundo ela, o texto será apresentado durante o IV Fórum Social das Américas, que acontece em agosto no Paraguai.



Nos próximos meses, devem acontecer eventos na Colômbia e em Cuba, países em que os Estados Unidos mantêm bases militares.Veja abaixo a íntegra do documento e as organizações que o apóiam. Para aderir à campanha, envie um e-mail para americalatinadepaz@gmail.com. A ideia é denunciar e combater as bases militares estrangeiras, frente a uma nova escalada do imperialismo.





América Latina e Caribe, uma região de paz. Fora as Bases Militares Estrangeiras



Reunidos em Porto Alegre, Brasil, nos marcos dos eventos comemorativos do 10º aniversário do Fórum Social Mundial e frente a uma nova escalada agressiva do imperialismo, nós dos movimentos sociais e populares, redes, organizações das mais distintas finalidades, nos encontramos novamente em uma campanha como a que realizamos contra a ALCA, para afirmar que a América latina é uma região de Paz, para dizermos fora às bases militares estrangeiras!



Há mais de uma década, a América Latina vive um processo de mudanças. Cresce a luta por sua soberania, por direitos e o bem-estar de seus povos. Ao mesmo tempo, o imperialismo estadunidense e seus aliados aumentam as ameaças aos povos e empreendem uma reação conservadora contra as transformações políticas que estão em curso.

Neste contexto, temos visto:



- Multiplicação das bases militares com a criação de sete bases militares no território colombiano e a assinatura de acordos com o Panamá para a instalação de 11 bases militares neste país.



- Invasão militar em nome da ajuda humanitária depois da catástrofe que ocorreu no Haiti;



- A reativação da quarta frota da marinha de guerra dos EUA, armada com artefatos nucleares projetada para navegar pelas ricas águas oceânicas e de rios da América do Sul e do Caribe.



- Iniciativas golpistas, como ocorreu em Honduras, com suporte logístico da base militar dos



- EUA em Palmerola;



- Planos para desestabilizar a países como no Paraguai, Bolívia e Venezuela;



- Recrudescimento das hostilidades e a manutenção do bloqueio contra Cuba;



- Criminalização da luta social;



A ampliação da presença militar dos EUA na região busca, além de intimidar os processos políticos de transformação na região, posicionar sua força bélica em zonas estratégicas de grandes riquezas naturais, como a biodiversidade da região amazônica e o petróleo encontrado em águas profundas do Atlântico Sul. Trata-se de um verdadeiro atentado à paz, à segurança e à soberania de todos os países da região.



Muito ao contrário do que difundem os círculos de poder e as forças conservadoras, o mundo não se tornou um lugar pacífico, seguro e nem estável. Pairam sobre a humanidade graves ameaças que põem em cheque a paz mundial, a segurança internacional, a democracia, a justiça social e a soberania dos povos e nações.



Na Ásia Central, os Estados Unidos e seus aliados da OTAN incrementam os efetivos militares, intensificam a ocupação e a guerra, que inclui bombardeios e ações de terra arrasada contra a população civil. O Iraque continua em chamas, transformado-se em protótipo do novo tipo de colonialismo militarizado inaugurado na era Bush e continuado pelo governo de Barak Obama.



Na Palestina ocupada, o povo mártir com seu território ocupado pelo Estado de Israel é vitima de um genocídio, que acontece com o consentimento e tolerância das potências estadunidenses e européias.



Enquanto se ataca o direito internacional, a militarização atinge inauditos patamares. Crescem as despesas militares, multiplicam-se os artefatos nucleares, os Estados Unidos engendram novos planos de defesa anti-mísseis, a OTAN ratifica seu caráter agressivo, cresce a presença naval dos países imperialistas no Oceano Índico, enquanto que a África torna-se ainda mais vulnerável com a criação do AFRICOM, o comando militar dos Estados Unidos para o continente. Uma imensa rede de bases militares estende-se em todo o planeta.



Todo este poderio não é uma necessidade do mundo, mas do sistema econômico que o império impõe ao mundo. Os objetivos são os que sempre moveram o sistema imperialista – o controle dos recursos econômicos, das riquezas nacionais, o domínio dos mercados e a luta contra as transformações sociais.



A crescente militarização expressa pelas mais de 800 bases militares estadunidenses ao redor do mundo, fazem parte da estratégia do imperialismo de saída crise econômica e política, de preservar seu modelo econômico, de se manter como potência hegemônica no mundo, utilizando se necessário a força para garantir tais objetivos.



As nossas organizações sociais condenam energicamente a escalada do militarismo. Temos profundas convicções democráticas, solidárias e de defesa da paz. Os povos tomam consciência de que a paz, oposta à militarização e às guerras imperialistas, é não só um valor a defender apaixonadamente, como um meio indispensável para assegurar a sobrevivência e o desenvolvimento da humanidade com justiça social, democracia, direitos universais, distribuição da renda e da riqueza e soberania nacional.



Reafirmamos neste momento que o Haiti não necessita de intervenção militar e sim de que se respeite sua soberania, chamamos a todos os países a realizarem de uma cooperação solidária, com médicos, professores à serviço do povo haitiano.



Como latino-americanos patriotas e comprometidos com a solidariedade entre os povos queremos dar a nossa contribuição à concretização de transformar estes nobres ideais e fazer da América Latina um território livre de bases militares estrangeiras.



América lática e Caribe uma Região de Paz!

Fora bases estrangeiras!



Adesões até 8 de feveriro de 2010:



Organizações e redes internacionais:



CMP - Conselho Mundial da Paz

ASC - Alianza Social Continental -

Vía Campesina - CLOC

Encuentro Sindical Nuestra América – ESNA

Grito dos Excluidos Continental

Marcha Mundial de Mulheres - MMM

Jubileo Sur - Américas

Compa – Convergencia de los Moviemntos de los Pueblos de las Américas

FDIM – Federação Democrática Internacional de Mulheres

OCLAE – Organização Continental Latino Americana e Caribenha de Estudantes

OSPAAAL – Organização de Solidariedade as Povos da Ásia, África e América Latina

Red Mundial por la Abolición de Bases Militares Extrangeras

FSM - Federación Sindical Mundial – AméricasUISTAAC - Unión Internacional de Sindicatos de Trabajadores de la Agricultura, la Alimentación, el Comercio, Textiles y Similares - región America

UITBB - La Unión Internacional de los trabajadores de la construcción, madera y materiales de construcción



Organizações nacionais:



Mopassol – Argentina

Frente Popular Dario Santillan – Argentina

Movimiento Evita, de Argentina

Cebrapaz – Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta pela Paz - Brasil

MST – Movimento dos Sem Terra - Brasil

CUT – Central Única dos Trabalhadores - Brasil

UBM – União Brasileira de Mulheres - Brasil

CONAM – Confederação Nacional de Moradores - Brasil

CTB - Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - Brasil

MAB – Movimento dos Atingidos pelas Barragens

Consulta Popular

Assembléia Popular

UJS – União da Juventude Socialista Brasil

MOVPAZ – Movimento Cubano pela Paz e a Soberania dos Povos

CMLK – Centro Memorial Martin Luther King – Cuba

Capitulo Cubano de la Red de Redes en Defensa de la Humanidad

Serpaj-Py - Servicio Paz y Justicia Paraguay

Frente Social y Popular – Paraguay

La Comuna - Paraguay

Frente nacional de Resistencia- Honduras

FRHLA - Frente De Resistencia Hondureña los Angeles,California

RMALC - Red Mexicana de Acción frente al Libre Comercio

Otros Mundos AC/Chiapas México

Red Centroamericana de Ambiente y Desarrollo - CASM Honduras / CUSO-VSO

Condigo Sur

Attac - Argentina

Movimiento de Transformación Social (MTS - México)

Confederación de Campesinos Indigenas del Ecuador

Multisectorial de Solidaridad con Cuba

Marcha Mundial de Mujeres - Colombia

GRUDESA -Grupo de Solidaridad-Arenal - Nicarágua

Movimiento Nacional por los Derechos Humanos - Guatelama

MAVI - Movimiento de Afirmación Viequense – Puerto Rico

Coordinadora Política de Mujeres Ecuatorianas.EcuaPrensa - Quito-Ecuador

Comité Colombia de Lucha contra el ALCA-TLC

Movimiento Cooperativo Nacional y Latinocaribeño – venezuela

Movimiento Antiimperialista Tohalli

Associación Solidaria de Acción y Propuesta de Petén - Guatemala

CST - Central Socialista de Trabajadores y Trabajadoras de Venezuela

FSBT - Fuerza Socialista Bolivariana de Trabajadores

MOTRAM - Movimiento de Trabajadores "alfredo maneiro"

FUTEP - Federacion Unitaria de Trabajadores de Petroleo y Gas

FENTRASEP - Federacion Nacional de Trabajadores del Sector Publico

FENASIRTRASALUD - Federacion Nacional de Sindicatos de Trabajadoers de la Salud

FETRAELEC - Federacion de Trabajadores del Sector Electrico

SINAFUM - Sindicato Nacional Fuerza Unitaria Magisterial

FETRAHARINA- Federacion de Trabajadores de la Harina

SUTAC - Sindicato Unitario de la Construccion

Fetratelecomunicaciones -Federacion de Trabajadores de Telecomunicaciones

FETRAIG - Federacion de Trabajadores de la Industria Gragica

FETRAUVE Federacion de Trabajadores Universitarios

FENASTRAUV federacion de obreros universitarios

FENASINPRES - Federacion de Sindicato de Profesores Universitarios

La revista de las ideas. Peru

Ascot Central – Uruguay

ESS- Enlace Sur-Sur

Fonte: http://www.vermelho.org.br/

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