6 de janeiro de 2010

Papa pede respeito pelo semelhante independente da religião ou da cor

(AFP)


CIDADE DO VATICANO, Santa Sé — O Papa Bento XVI pediu nesta sexta-feira respeito pelo semelhante independente da cor de sua pele, sua nacionalidade, seu idioma ou sua religião, e afirmou que é necessário ensinar esses valores às crianças para garantir a paz no mundo.

Neste início de ano, em que a Igreja celebra o "Dia Mundial pela Paz", Bento XVI divulgou a mensagem intitulada "Se quiserem cultivar a paz, preservem o que foi criado", publicada no início de dezembro, e que será lida em todas as paróquias deste 1º. de janeiro.

"Desde muito pequenos, é importante ser educado no respeito ao outro, inclusive quando é diferente de nós", afirmou o Papa ao celebrar a primeira missa de 2010.

Assinalando que nas escolas é cada vez mais frequente ver crianças de nacionalidades diferentes juntas, Bento XVI disse que "seus rostos representam a profecia da humanidade que estamos convidados a formar: uma família de famílias e de povos".

"O outro é um irmão dentro da humanidade, não um adversário ou um inimigo", acrescentou em sua homilia, pronunciada ante os embaixadores creditados na Santa Sé.

Bento XVI lamentou muitas vezes os rostos das crianças estejam marcados pela fome e a doença, desfigurados pela dor e a desesperança, ao aludir "às imagens dolorosas de tantas crianças e suas mães vítimas de guerras e violências".

"Os rostos dos pequenos inocentes representam um chamado silencioso a nossa responsabilidade: ante esses seres indefesos se derrubam todas as falsas justificativas para a guerra e a violência", afirmou, insistindo que todas as armas devem ser abandonadas para se alcançar um mundo mais digno.

O Papa também fez um apelo às "consciências das pessoas que fazem parte dos grupos armados de todo tipo". "Reflitam e abandonem o caminho da violência ", insistiu.

O Sumo Pontífice defendeu em sua mensagem uma "ecologia humana", afirmando que "há um vínculo estreito entre o respeito do homem e a salvaguarda do que foi criado". "Se o homem se torna vil, degrada seu ambiente", afirma o Papa.

Para que isso não ocorra, Bento XVI propõe "investir na educação, com o objetivo não apenas de transmitir noções técnico-científicas, como também uma 'responsabilidade ecológica' mais ampla e profunda, baseada no respeito do homem ".

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