5 de novembro de 2009

Tribunal de Direitos Humanos determina retirada de símbolos religiosos de sala de aula, direita reclama

Qui, 05 de Novembro de 2009 06:13

A decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos que proibiu crucifixos em salas de aula da Itália foi alvo ontem de protestos do primeiro-ministro Silvio Berlusconi e do cardeal Tarcisio Bertone, o número dois do Vaticano. "Tiram-nos os símbolos mais amados", lamentou Bertone, para quem a medida deixa a Europa "apenas com as abóboras de Halloween".

Já Berlusconi qualificou a proibição de inaceitável. "Trata-se de uma dessas decisões que fazem duvidar do sentido comum da Europa", declarou Berlusconi, num programa da televisão pública transmitido da cidade de L'Aquila (centro da Itália).

O cardeal Bertone assinalou que Igreja Católica vai lutar contra a proibição. "Esta Europa do terceiro milênio nos deixa apenas com as cabaças da festa que acaba de acontecer", disse Bertone ao se referir às comemorações do Halloween, consideradas anticristãs por prestar homenagem às bruxas. Bertone elogiou a posição do governo italiano, que decidiu recorrer contra a sentença, atitude que espera seja seguida por outros países. "É um assunto que diz respeito não apenas à Itália, mas também à União Europeia e a muitos outros", assinalou.

De acordo com a decisão do tribunal europeu, a fixação de crucifixos em salas de aulas viola o direito das famílias de educar seus filhos segundo suas convicções religiosas, assim como a garantia das crianças à liberdade de religião. Os juízes de Estrasburgo estimaram que a cruz ao ser interpretada pelos alunos como um símbolo religioso poderia perturbar os estudantes de outras religiões ou os ateus.



Fonte: Correio Braziliense

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