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A 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg), realizada em Brasília, e que terminou no último domingo (30 de agosto), reuniu cerca 3 mil representantes da sociedade civil (40% do total dos participantes), trabalhadores no setor (30%) e gestores públicos (30%), além de observadores e convidados (veja o texto '1ª Conseg define "princípios" e "diretrizes" para segurança pública') De acordo com o MNDH "o protagonismo do encontro foi dos trabalhadores de base da segurança pública em torno de suas reivindicações, para barrar a articulação dos escalões de comando das polícias, que buscam manter a ineficiente estrutura de poder intacta e elitizada". Para o Movimento, "o momento foi privilegiado para os trabalhadores na segurança que pela primeira vez tiveram voz e voto. O MNDH, no entanto, se mostra preocupado "com efetividade das resoluções aprovadas" durante a Conferência, embora considere "um avanço a derrubada, pelo governo, de um tabu que é ampliar o debate sobre segurança pública neste país". Avaliação Em sua avaliação, o Movimento lembra que "participou da Conferência Nacional de forma ativa e articulada, com um stand bem localizado na Feira de Conhecimento. Contamos com uma delegação de cerca de 30 representantes". Para o MNDH, "o peso da sociedade civil foi muito menor do que o dos trabalhadores, tendo em vista que, no caso do MNDH, por exemplo, a maioria da rede não priorizou a Conseg por considerá-la, desde o princípio, um espaço engessado e dominado pelo staff das polícias". Em sua análise, o Movimento diz que "o voto cruzado para eleger representantes, trabalhador vota em sociedade civil e vice-versa, é um exemplo disso. Favoreceu a eleição de pessoas descomprometidas com a luta de direitos humanos e alinhadas com as representações de polícias. CONASP "O presidente Lula, antes da abertura da Conseg, assinou decreto que reativa o Conasp (Conselho Nacional de Segurança Pública). O Conselho mantém a paridade de 40%, com 12 cadeiras para a sociedade civil, e o MNDH permanece na composição, bem como toda a composição original da CON, com um mandato provisório de um ano para preparar a transição para um conselho definitivo." O MNDH reconhece as dificuldade enfrentas, "mas na Conseg conseguimos passar propostas a serem implementadas pela Conasp, a partir da pressão da sociedade civil descontente com a forma como o governo Lula reativou o Conasp, sem qualquer consulta à Conseg. Uma Carta da CON lida em plenário pela Regina Miki, coordenadora da Conseg, compromete-se com:
Conclusão A conclusão do MNDH é no sentido de que "o debate sobre que modelo de segurança pública queremos" segue. "O processo até aqui não representa exatamente o que desejamos, mas o fato do governo ampliar o debate em uma seara privada dos órgãos de segurança pública e das forças armadas no país, nos parece um primeiro passo para incidirmos decisivamente em busca de reais transformações." "Essas são considerações iniciais sobre a temática e carecem de debate e aprofundamento, tendo em vista que o MNDH tem um papel neste processo. Está colocado para nós, militantes das entidades que lidam com a questão em seu cotidiano e que atendem aqueles/as que sofrem na carne a violência institucional qualificar nossas propostas, esgotar cada assunto, tomar posição na defesa incondicional da agenda de direitos humanos para a segurança pública." "Na verdade, atuarmos em busca da transformação social que todos/as queremos." Foto: Martim Garcia Coordenação Nacional do MNDH |


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