5 de agosto de 2009

Fórum de Religiosidade de Matriz Africana consolida agenda durante a II CONAPPIR

Depois de diversos dias de debates e conversas, em reunião durante a II conapir religiosos de matrizes africanas, a partir do entendimento de que existe uma necessidade de dialogo de unidade e sintonia para as demandas que dizem respeito a sua religião, criam o fórum nacional de religiosos de matrizes africanas.Este fórum terá como papel principal discutir pautas em comum, e dizer qual a opinião de seus praticantes a respeito de temas como vida após a morte, aborto, genética, respeito as demais religiões e outros temas polêmicos, onde as religiões de matrizes africanas precisam mostrar para o estado brasileiro qual sua opinião.

A importância da criação do Fórum se dá pela necessidade do surgimento de políticas publicas direcionadas as comunidades de terreiro, que a partir de então, terá um canal de dialogo que reúna a diversidade religiosa existente no país com sua representatividade, criando assim um espaço de debates permanente com a agenda governamental. Depois de estalada, a primeira reunião este fórum pensará seu formato como um todo, para que as demandas levadas por este segmento possam ser efetivadas e sanadas, "este fórum nasce em um momento em que o estado brasileiro vem, após as várias reivindicações destes religiosos desenvolver um olhar sensível após o marco central que é Durban", disse o secretário Municipal da Reparação de Salvador Ailton Ferreira.

Para mãe Beata de Yemonjá que se posicionou a favor da criação do fórum disse que "Este tem o papel de ser uma Cnbb (a exemplo da organização católica), para o povo de Santo que dirão quais os temas centrais para o total respeito do estado brasileiro com as religiões de matrizes africanas".Outro religioso que se posicionou a favor da criação do fórum nacional de religiosos de matrizes africanas, foi Babá Guiba coordenador do Coletivo de Entidades Negras do Rio grande do Sul (Cen), para ele o fórum "É central por permitir que possamos falar de nós com nós mesmos e por que unidos o povo de axé nunca irá se quebrar".Para o Tata Libutu Konmannanjy do terrreiro Unzô kwa Mpaanzu de Salvador "Através deste fórum poderemos fazer política sem deixar de olhar nossa ancestralidade".

Um abraço coletivo do povo de Santo encerrou a reunião que para Pai Anderson de Oxalá do Ilé axé Alá obatalandê em Lauro de Freitas-Bahia "agora realmente acredito que teremos uma linha de dialogo com o governo de forma direcionada e com igualdade".As representatividades religiosas presentes na conferência saem da mesma então, com o papel de mobilizar seus estados e municípios, pois esta é uma luta que necessita da ajuda do coletivo praticante ou não da religião, pois sendo praticantes ou não todos devem as religiões de matrizes africanas.Completou Pai Anderson de Oxalá.


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