10 de junho de 2009

Intolerância religiosa em debate pelas comunidades de terreiro

08.06.2009
Um documentário sobre intolerância religiosa subsidiou o início das discussões das políticas públicas para comunidades de terreiro durante a II Plenária Nacional das Comunidades Tradicionais, que ocorreu no último final de semana (6 e 7), em Brasília। Durante o painel das comunidades de terreiros, a diretora de Programa da Subsecretaria de Comunidades Tradicionais da SEPPIR, Ivonete Carvalho, destacou os projetos de mapeamento das comunidades de terreiro e as ações de salvaguarda das casas de religiões de matrizes africanas tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Nacional (IPHAN).

O coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UnB, professor Nelson Inocêncio, ressaltou a importância dos sítios tombados pelo IPHAN como marco histórico de valorização material e cultual das tradições. O professor disse que, apesar de existirem contradições no Governo Federal sobre o tema, a SEPPIR tem avançado nas discussões desde sua criação.
O seguinte expositor foi o coordenador do Núcleo de Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Aderval Costa Filho, que afirmou que as ações para as comunidades de terreiro ainda são muito restritas. Ele também apresentou alguns programas do Governo Federal para essas comunidades e sugeriu a criação de centros de referência de assistência social para povos de terreiros.
O diretor de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Cultural Palmares (Ministério da Cultura), Maurício Jorge dos Reis, assinalou o papel da Fundação no resgate, preservação e valorização cultural da religiosidade de matriz africana. Também participaram do painel o coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de Brasília (UnB), professor Nelson Inocêncio, o diretor de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Cultural Palmares (Ministério da Cultura), Maurício Jorge de Souza dos Reis, e o coordenador do Núcleo de Povos e Comunidades Tradicionais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Aderval Costa Filho, além do ouvidor da SEPPIR, Carlos Moura, que mediou o debate.
Propostas – A criação do Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi um dos principais assuntos discutidos. No fim, os participantes aprovaram propostas para apreciação na II CONAPIR. Uma prevê a produção e distribuição de material didático voltadas para as tradições religiosas de matriz africana, como candomblé e umbanda, e o reconhecimento dos terreiros como espaço de práticas pedagógicas. Os participantes também elegeram 40 delegados que vão representar os povos de terreiros na II CONAPIR.
Comunicação Social da SEPPIR/ PR

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